Caros associados (as) pilotos e amigos, (as)
Dirijo-me pela última vez na qualidade de presidente da direcção.
Nestes momentos, é costume aproveitarmos para agradecer. Eu não fujo à regra.
Quero aqui de forma muito sentida, agradecer a todos aqueles que ao longo
destes dez anos fizeram parte da equipa a que pertenci. Quero em primeiro lugar
agradecer a um elemento da minha primeira direcção, que infelizmente já não
está entre nós, e que sempre foi um defensor na nossa equipa e da Associação
de Karting da Madeira, refiro-me ao meu AMIGO, CRISTIANO SOUSA.
Um agradecimento muito especial ao meu vice-presidente, Estevão Lúcio, ao
meu vogal, João Abreu e ao meu tesoureiro, Henrique Freitas e aos meus Amigos
Jaime Câmara e Ivo Caires. Foi um prazer e um gosto trabalhar convosco., trilhar
caminhos de muitas adversidades, mas conseguirmos (achamos nós) atingir os
destinos a que nos propusemos e que nos eram exigidos.
Um abraço ao meu presidente da mesa da assembleia geral, ao longo destes dez
anos, o Ricardo Sousa, sempre disponível e com uma devoção notável à
associação de karting da Madeira.
Outro agradecimento muito sentido ao “meu” pessoal, Rui Crawford, António
Freitas, Manuel Barros, Ricardo Gonçalves, sempre disponíveis e incansáveis em
prol da defesa e dos interesses da Associação de Karting da Madeira.
A todos aqueles que colaboraram nas provas, um forte agradecimento, a quem
eu aqui faço-os representar na pessoa do meu Amigo, Fernando Menezes, sem
esquecer a amizade, o gosto pela Madeira e a competência do comissário técnico
que nos acompanhou nestes dez anos, o Armindo Braga.
Aos sócios (pais e mães- felizmente conseguimos que cada vez mais as mães
estivessem presentes e creio que conseguimos fazer do karting uma festa da
família) que ao longo destes anos, por vezes com dificuldades e privando-se até
doutros prazeres, tudo fizeram para terem os vossos filhos no karting, a todos
vós o meu muito obrigado.
Aos pilotos, que eu vi crescer, desde a tenra idade dos 5 anos (não é verdade
António Santos ? ), até alguns já pais, vê-los transformarem-se em homens e
mulheres já formados, foi uma alegria privar convosco e com cada um, em
muitas ocasiões, conseguir transmitir e receber uma palavra de conforto nas
adversidades, e de felicitações, nas horas da alegria. Não posso esquecer aqueles
que passaram por situações difíceis em termos de saúde e que conseguiram
superar e vencer essas provas ( a quem procuramos sempre transmitir a nossa
amizade e solidariedade).
Nestes momentos de agradecimento, é sempre difícil lembrar todos, ou por
distração ou falha de memória (já não é o que era), mas são tantas as pessoas a
quem gostava de agradecer, que esse medo de esquecer alguém, leva-me a evitar
nomeá-los a um a um, contudo quero deixar a todos, sem excepção, uma palavra
de apreço e de agradecimento, mesmo aqueles com quem não compartilhei das
mesmas ideias, mas que de todos, mesmo desses, retirei ensinamentos e que me
permitiram de forma mais clara, conseguir distinguir o bom e o menos bom, mas
ao mesmo tempo acreditar que, vale sempre a pena (mesmo quando parece que
já não há nada a fazer).
Nota, para outro agradecimento, à comunicação social, sempre importante na
divulgação da modalidade e da nossa actividade, que aqui, com respeito por
todos, coloco na pessoa do Paulo Almada, o meu muito obrigado.
Não vou aqui justificar nada do que fizemos (Lá diz o ditado, nunca te justifiques,
os inimigos nunca acreditam e os amigos não precisam), apenas dizer que tudo o
que fizemos, foi com convicção e acreditando que fazíamos o melhor pela
Associação de Karting da Madeira e pelo karting madeirense.
Felizmente foram muitos os momentos felizes ao longo destes dez anos, dos
quais, escolheria para representá-los, a primeira edição da Taça da Madeira
(competição lançada pela minha direcção e que se revelou como a verdadeira
festa do karting madeirense – com boa repercussão nacional e até internacional e
que teve no Carlos Mata um apoiante – aliás, pessoa que, por tudo o que já fez,
ainda não teve a merecida homenagem do karting madeirense), uma verdadeira
festa em que congregamos, com sucesso (modéstia à parte), a parte social (os
convívios, a festa do pódio), com a parte desportiva. Como em tudo na vida,
também vivemos momentos tristes, que aqui, não quero lembrar, mas que
também não vou esquecer, mas que guardo para mim.
Foram cerca de sessenta provas organizadas (o meu Amigo Estevão é que fazia
essa contabilidade), de todas elas recordo os momentos bons e os menos bons,
em que, curiosamente, a alegria que eu sentia ao ver o abraço do pai e do
assistente ao filho/piloto pelas excelentes prestações/resultados, nunca
conseguia superar a emoção que tomava conta de mim cada vez que via um
piloto que chegava ao parque de chegadas, depois dum mau resultado ou de um
incidente em pista, com uma lágrima no canto do olho (por vezes até ambos os
olhos encharcados), à procura dum abraço e duma palavra de conforto.
Quero também agradecer a todos os que nos ajudaram, para transformar o
kartódromo do Faial, num espaço mais bonito, mais seguro, dotado de melhores
condições para a prática da modalidade e de conforto para os seus utentes. Aqui
destacava o Miguel Viveiros e o João Abreu. Meus AMIGOS que responderam
sempre positivamente nas inúmeras vezes que a eles recorri.
Uma palavra de agradecimento a um homem da casa, amante do desporto
automóvel e amigo da AKM, o Rui Abreu, um Amigo que, de forma sempre
discreta, sempre esteve disponível e ajudou a Associação.
Em tempos difíceis, dotamos a Associação de Karting da Madeira de condições
aceitáveis, uma recepção condigna, instalações mais confortáveis, construção de
boxes, condições da pista (muitos metros de correctores e asfalto), temos uma
frota de karts de competição, motores para a competição, uma frota de karts e
uma escola de formação – Kartilha - recuperada há dez anos, com uma preciosa
colaboração da Liliana (obrigado) e mais recentemente do Élvio Jesus
(obrigado).
Não posso esquecer o esforço levado a efeito por forma a tornar o karting
acessível a todos e a criação, via regulamentar de regras que se traduziram numa
redução de custos e aumento da competitividade, e bem assim, nalgumas
inovações em termos técnico/regulamentares que, inclusive, viriam
posteriormente a ser adoptadas a nível nacional e internacional.
Outro agradecimento muito especial, à Câmara Municipal de Santana e à Câmara
Municipal de Machico. Agradecimento extensível a outras instituições públicas,
bem assim à FPAK ( excelente relação e apoio por parte dos três presidentes com
quem trabalhamos – Pinto Freitas, Manuel Mello Breyner e Ni Amorim) e à
Direcção Regional do Desporto.
Para terminar uma palavra aos novos órgãos sociais que serão eleitos no
próximo dia seis, não para dar conselhos (mesmo que eu fosse capaz, lá diz o
ditado, se fossem bons, não se davam, vendiam-se), mas sim de esperança.
Esperança que possam recolher algo daquilo que de positivo possamos ter feito
nestes anos (falo da minha e das anteriores direcções) e esperança que consigam
resistir ao populismo e à demagogia e com trabalho e humildade, possam
manter os ideais e a autonomia da nossa Associação.
Para os que iam às nossas festas, termino como na nossa música:
A minha pista é o faial
Dela sempre vou gostar
....
....
Até um dia,
Para sempre ao dispor da AKM
Artur Baptista
07 outubro 2020